Antes que chegue a chuva,
Nessas serras, nesses campos,
A terra fértil em seu descanso,
Espera as nuvens com seus prantos,
Engravidá-la com as sementes,
Que dá vida a tanta gente…
Antes que chegue a chuva,
Nas selvas de pedra desta cidade,
A terra oculta até a fertilidade,
Que outrora inundava de felicidade,
Qual noiva no dia do casamento,
Hoje escondida por tanto cimento…
Quando chega a chuva,
Nas serras e nos campos,
O cheiro de terra sobe aos céus,
Como prece que se eleva a Deus,
Já pronta para o novo plantio,
Saciada nos desejos de seu cio…
Quando chega a chuva,
Nesta selva de pedras de Beagá,
Anunciada na alegria do sabiá,
Em meio às flores da sibipiruna,
O bem-te-vi alegre vem avisar,
Que o verde da vida irá voltar…
O cheiro de chuva,
Na selva de pedras ou dos campos,
Exala perfume em nossas narinas,
Ameniza a poluição, melhora o clima,
Apaga as queimadas assassinas,
Lição que só a natureza ensina…
SÉRIE: FILOSOFIA POÉTICA!
ESTEVAM MATIAZZI- 11/10/2021
PS 1: Nesta semana das crianças levamos as crianças (Sofia e Emmanuel) para viverem experiências diferentes… Andaram a cavalo, em carrocerias de trator, subiram em árvores, chuparam jabuticaba embaixo do pé, pescaram em lagos, enfim, sentiram um pouco o que é a vida no campo… Para além da curiosidade e alegria das crianças, queimadas em excesso e a ausência de chuvas, chamaram-me atenção… Sofia lembrou-me de um poema, cujo título ela deu há mais dois anos atrás. Neste dia em que as chuvas parecem chegar, o republico a pedido dela…
“(…)perfume em nossas narinas”
é infinitamente melhor do que poeira de asfalto em nossas narinas…
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Obrigado meu amigo pelo comentário e visita.
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Escreva ,Estevam, escreva sempre!
Porque “existem palavras que podem nos doar vida”, assim como essa chuva que caiu sobre nós!
Abraço!
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Obrigado Paula pela leitura e estímulo. ..volte outras vezes…
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