Olho pela janela
Vejo a Serra coberta
Véu de noiva bela
Véu de Serra velha
Neblina branca emersa
Olho pela janela
Vejo folhas a entrelaçá
Flores brancas e lilás
Patas de vaca a enfeitá
Beleza incontroversa
Olho pela janela
Vejo a rua deserta
Bem-te-vi está alerta
Seu canto desperta
Sofia inicia conversa
Olho pela janela
Numa rápida olhadela
Sofia, menina esperta
Observa boquiaberta
Admirada e perplexa
Olho pela janela
Vejo e lá está ela
Roupagem prateada
Lua cheia iluminada
Desfila sem pressa
Juntos na janela
Olhamos pra ela
Até a sombra dela
Naturalmente revela
Divindade impressa
Curvados na janela
Olhares em sentinela
Cantamos pra ela
A lua não é velha
É nova e vice-versa
SÉRIE: LIVRO- O DESVELAR DA POESIA
ESTEVAM MATIAZZI- 19 DE MAIO DE 2020
PS 1: Este é um dos 40 poemas que compõem meu 1º livro de poesias: O Desvelar da Poesia entre Luzes e Sombras da Pandemia. Quer ajudar um escritor iniciante? A aquisição pode ser feita pelo meu instagram @estevammatiazzi ou pelo e-mail estevammatiazzi@gmail.com por $ 36,00 reais (frete incluso).
PS 2: Terceiro poema da série “A Vida Vista das Janelas”… ‘Da janela lateral do quarto da Sofia dormir (minha filha de 8 anos)… A lua aparece com todo seu esplendor nestes versos e na fotografia que acompanha o poema…
Ouça na interpretação de MPB4: a lua…
Uma gracinha. Parece um dos poemas de ”Ou isto ou aquilo”, da Cecília Meireles.
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Interessante, minha relação de infância com Cecília Meirelles começou aos seis anos quando mudamos no Monte Mario para a Colônia Rodrigo Silva. Fomos morar a menos de 3 km da Clínica Cecília Meirelles (para tratamento mental diversas). Recentemente fui à Clínica pela primeira vez com meu pai e minha filha. A ideia era apagar os medos e traumas infantis. Chamávamos a Clínica de Casa dos Retardados… Vez ou outra alguns dos internos fugiam e chegavam lá em casa (cercada por matas e serras)… O medo era grande… Associe Cecília a esta realidade… Na escola, não me lembro de nada que pudesse amenizar este medo.. Sequer um poeminha ficou grevado… Nem sei se foi ensinado… Nem isto nem aquilo… Que lembrança me trouxestes com seu afetuoso comentário.. Paz e Bem!
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Procure ler os poeminhas dela nesse livro. Sofia, inclusive, vai gostar bastante.
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Já li alguns e realmente são uma “gracinha”… Ajudam a superar qualquer trauma, inclusive, os infantis.. rsrsrsrssrs
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Leia coisas bonitas. https://poesiasdemaosquesentem.wordpress.com/2020/05/19/e-nem-mas-tambem-adicoes/
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Obrigado… Vou ler… #Gratidão
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Janelas da alma,
Alma de menina que inspira,
lua que ilumina , torna-se inquieta à alma do poeta , que se coloca a versejá para encantar o luar. .. parabéns Estevam Matiazzi. Paz e bem
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Obrigado meu caro poeta carvoeiro… Somos aprendizes da poesia e a natureza em geral é nossa musa inspiradora…
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Dio mentiu quem disse que a lua é velha. …ela tá sempre em uma nova fase e servindo de inspiração para os poetas …..eu uma vez ou outra ia até a janela para admirar toda aquela maravilha da natureza Abraço!!!!
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Obrigado sempre por sua presença afetuosa…
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A lua girou, girou traçou no céu um compasso… a canção do Milton embala o olhar e Sofia traçando no coração a alma da serra vista da janela, portal do infinito. Grande abraço, Estevam.
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Tu é gaúcho, mas, parte de tua alma poética é mineira… #Gratidão
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Tu é gaúcho, mas tua alma poética, pelo menos, em parte é mineira. #Gratidão.
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“Desfila sem pressa”…. que delícia lembrar dessa música. Ei, Sofia, você está muito bem acompanhada!
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Sofia é de uma vivacidade espetacular… Ela sempre foi encantada pela lua, desde muito pequenina… E esta música marcou os primeiros anos de vida dela, interpretada pelo pai, que gostaria de te aprendido a tocar um violão que seja para melhor interpretar as canções… #Gratidão.
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É linda demais, não sei se a Lua, a Sofia, a poesia…tudo que encanta um poeta sensível. Parabéns, amigo. Maravilhoso
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Enchestes minha alma de paz e serenidade… Obrigado, Alda… Sofia agradece sorrindo…
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Suas inspirações são pura poesia…
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Assim seja… Fraterno abraço…
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😍😍
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Toda vez que leio um poema do Estevam , eu percebo a aguda sensibilidade daquele que não abandona as origens do interior de Minas.
Como eu percebo esse sentimento? A resposta é simples: ele valoriza a família e aprofunda o olhar, em qualquer canto que esteja, para a fauna, a flora, os astros.Dessa maneira,valoriza tudo que um homem do interior, de alma sublime, pode contemplar.
A família é para o poeta o esteio, a força para encarar as adversidades.
Com a sabedoria de Sofia, a lua brilha nova,altiva .A luminosidade da sábia menina é tão intensa no olhar lírico ,que convida a quem o lê a chegar até à janela.
Dá vontade em nós leitores de estar nesse oásis onde todas as coisas são belas, novas, sábias.
Dá vontade na gente de voltar às raízes e resdescobrir, poeticamente , a leveza dos olhares que contemplam de lá, da janela.
O texto me fez lembrar de uma música,gravada pelo MPB4 :” mente quem diz que lua é velha”. Sofia e lua poderoso clarão da janela- nova maneira de contemplar.
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A música está no final do post. Sofia é encantada com esta música. Desde pequena sempre me pediu para cantá-la. Vez ou outra me pergunta: a lua é velha ou é nova. Minha resposta é a mesma: é velha, mas, é nova também… Aos poucos ela descobrirá esta maravilha de ao mesmo tempo ser velha e nova…
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