A VIDA VISTA DAS JANELAS III…

Olho pela janela

Vejo a Serra coberta

Véu de noiva bela

Véu de Serra velha

Neblina branca emersa

 

Olho pela janela

Vejo folhas a entrelaçá

Flores brancas e lilás

Patas de vaca a enfeitá

Beleza incontroversa

 

Olho pela janela

Vejo a rua deserta

Bem-te-vi está alerta

Seu canto desperta

Sofia inicia conversa

 

Olho pela janela

Numa rápida olhadela

Sofia, menina esperta

Observa boquiaberta

Admirada e perplexa

 

Olho pela janela

Vejo e lá está ela

Roupagem prateada

Lua cheia iluminada

Desfila sem pressa

 

Juntos na janela

Olhamos pra ela

Até a sombra dela

Naturalmente revela

Divindade impressa

 

Curvados na janela

Olhares em sentinela

Cantamos pra ela

A lua não é velha

É nova e vice-versa

SÉRIE: LIVRO- O DESVELAR DA POESIA  

ESTEVAM MATIAZZI- 19 DE MAIO DE 2020

PS 1: Este é um dos 40 poemas que compõem meu 1º livro de poesias: O Desvelar da Poesia entre Luzes e Sombras da Pandemia. Quer ajudar um escritor iniciante? A aquisição pode ser feita pelo meu instagram @estevammatiazzi ou pelo e-mail estevammatiazzi@gmail.com por $ 36,00 reais (frete incluso). 

 PS 2: Terceiro poema da série “A Vida Vista das Janelas”… ‘Da janela lateral do quarto da Sofia dormir (minha filha de 8 anos)… A lua aparece com todo seu esplendor nestes versos e na fotografia que acompanha o poema…

Ouça na interpretação de MPB4: a lua… 

 

22 comentários

  1. Dio mentiu quem disse que a lua é velha. …ela tá sempre em uma nova fase e servindo de inspiração para os poetas …..eu uma vez ou outra ia até a janela para admirar toda aquela maravilha da natureza Abraço!!!!

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    • Sofia é de uma vivacidade espetacular… Ela sempre foi encantada pela lua, desde muito pequenina… E esta música marcou os primeiros anos de vida dela, interpretada pelo pai, que gostaria de te aprendido a tocar um violão que seja para melhor interpretar as canções… #Gratidão.

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  2. Toda vez que leio um poema do Estevam , eu percebo a aguda sensibilidade daquele que não abandona as origens do interior de Minas.
    Como eu percebo esse sentimento? A resposta é simples: ele valoriza a família e aprofunda o olhar, em qualquer canto que esteja, para a fauna, a flora, os astros.Dessa maneira,valoriza tudo que um homem do interior, de alma sublime, pode contemplar.
    A família é para o poeta o esteio, a força para encarar as adversidades.
    Com a sabedoria de Sofia, a lua brilha nova,altiva .A luminosidade da sábia menina é tão intensa no olhar lírico ,que convida a quem o lê a chegar até à janela.
    Dá vontade em nós leitores de estar nesse oásis onde todas as coisas são belas, novas, sábias.
    Dá vontade na gente de voltar às raízes e resdescobrir, poeticamente , a leveza dos olhares que contemplam de lá, da janela.
    O texto me fez lembrar de uma música,gravada pelo MPB4 :” mente quem diz que lua é velha”. Sofia e lua poderoso clarão da janela- nova maneira de contemplar.

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    • A música está no final do post. Sofia é encantada com esta música. Desde pequena sempre me pediu para cantá-la. Vez ou outra me pergunta: a lua é velha ou é nova. Minha resposta é a mesma: é velha, mas, é nova também… Aos poucos ela descobrirá esta maravilha de ao mesmo tempo ser velha e nova…

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