A juventude bateu à porta,
mas a adolescência não a deixou entrar:
A Vida Religiosa me atraía,
mas, um vazio interior me traia…
O Sentido da Vida não era assim,
um caminho tão fácil de encontrar…
Árvores: outras eu iria plantar?
Filhos: novamente eu queria ter?
Livros: seria muito difícil escrever!
O sentido da vida parecia me escapar…
Voltara eu pra periferia da periferia:
quando não estava desempregado,
subempregos evitavam a barriga vazia…
Office boy, repositor em supermercado,
garçom, servente de pedreiro,
cobrador de Ônibus e bilheteiro:
nunca foi fácil ser um pobre brasileiro!
Estudos mais uma vez adiados:
ler jornais me mantinha atualizado…
Os primeiros poemas foram rascunhados,
alguns se perderam, outros ainda serão publicados…
Eu lia Roberto Drummond, Frei Betto,
Affonso Romano de Sant’Anna, Tostão,
e em meio às dificuldades pra sobreviver,
sonhava com os livros que iria escrever,
mesmo quando me faltava até o pão…
Filhos? Que sentido teria em os ter?
Sozinho já estava difícil a vida manter!
Mal resolvido financeira e emocionalmente,
quando os namoros começavam a engatar,
eu logo dava um jeito de me afastar…
SÉRIE: AUTOBIOGRAFIA POÉTICA
ESTEVAM MATIAZZI- 26/05/2023
PS: Memórias de 22 a 24 anos. Escolhi não seguir na Vida Religiosa. A mudança foi drástica e dramática. Desemprego, subemprego e até uma leve e breve insegurança alimentar. Foram 2 anos em que permaneci morando em Santos Dumont, marcados na maioria das vezes por uma angústia existencial e uma consequente baixa perspectiva de futuro. Em certos momentos, algumas pessoas como Luiza Garcia, Dona Conceição e Dona Sebastiana, ajudaram a evitar que eu passasse fome.
História de Vida. Para ser contada, passada adiante, ser referência de resiliência, de persistência, de força, coragem e fé. Não tenho dúvida alguma: és plantador de vidas.
O meu profundo abraço.
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Há muito eu não passava tão mal com um crise de sinusite. Resiliência sempre a cobrar mais espaço.
Obrigado sempre, Fernando por sua presença sempre persistente, para ler e retornar este processo catártico que estou a fazer.
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Vida qdo se vive ao extremo deve ser espalhada. Teu caso. E olha, o bom é que podes contar isso. Deve ser em livro como romance autobiográfico. Em frente, meu amigo.
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Em frente… Deixa a sinusite passar. 😂
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Os namoros não engatavam…esperava pela Nina…
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Exato! O tempo se encarregou… ❤️
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O Fernando já disse tudo sobre a tua história de vida.
Eu só queria acrescentar uma coisa. O que no Brasil e alguns países subdesenvolvidos chamam de subempregos tem o seu valor. Alguns anos atrás eu vi um vídeo que nada se falava, eram só imagens sobre o mundo sem as pessoas dos “subempregos”. Era um caos! Eu vou tentar achar esse vídeo. Acho que era um vídeo alemão. E a diferença é que esses trabalhos são melhores remunerados na Europa do Norte.
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Infelizmente, por aqui, são trabalhos pesados e muito mal remunerados. Acabado o vídeo posta pra nós. 🌹
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Pelos meandros da Vida e da f´é…
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Ca- fé não costuma faiar, parafraseando Gilberto Gil.
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